• Tributo a Graciliano Ramos

    Postagem publicada em 5 de maio de 2013 por em Textos Literários

     

    Tributo a Graciliano Ramos

     

    Trazei-me Senhor a palavra correta,
    Pra eu conversar com sabedoria,
    Sobre o Mestre Graça que tanto escrevia,
    Este Romancista foi mais que poeta,
    Sessenta janeiros então se completa,
    Que Graciliano… da terra partiu,
    Para o receber o céu se abriu,
    Mas, Graciliano deixou pras pessoas,
    Alguns dos seus Ramos em nossa Alagoas,
    Aqui no Nordeste Sertão do Brasil.

     

    A sua ausência o povo sentiu,
    Quando o Mestre Graça se foi de uma vez,
    No Rio de Janeiro em cinquenta e três,
    Há vinte de março, antes de abril,
    Em nossa Palmeira… o silêncio surgiu,
    Depois que passou o seu funeral,
    Foi anunciado em todo jornal,
    Que Graciliano Ramos faleceu,
    Quase todo mundo se surpreendeu,
    Com o passamento do Mestre imortal.

     

    Luto em Maceió Grande Capital…
    Da nossa Alagoas, Terra de Usineiro,
    Em todo Nordeste do chão brasileiro,
    Do povo a conversa era a principal,
    Sofre… Quebrangulo a Terra Natal,
    Aonde nasceu o grande romancista,
    Que além de escritor era jornalista,
    Passou escrevendo quase a vida inteira,
    Também foi prefeito em nossa Palmeira…
    Assim diz o Vate, aqui cordelista.

     

    Faz sessenta anos que o Romancista,
    Com sua caneta deixou de escrever,
    Pois Graciliano… morreu sem saber,
    Que seu nome iria ficar na revista,
    Servindo de tema para repentista,
    Qualquer cantador que toca viola,
    Que traz os seus versos feitos na cachola,
    Em nome do Mestre espetacular,
    Pois Graciliano vivo ainda está,
    Na universidade , colégio e escola.

     

    Nos diz o poeta: ninguém me enrola,
    Aqui no momento em que nós estamos:
    Pense no que fez Graciliano Ramos,
    Livrando os meninos do cheiro da cola,
    Quem gostar de esporte que vá jogar bola,
    Na beira do Rio, na sua pelada,
    Com roupa novinha, velha ou rasgada,
    Ser pobre na vida jamais faz vergonha,
    Ruim é cocaína, cachaça e maconha,
    Que deixa a pessoa desequilibrada.

     

    Pra toda plateia faço uma parada,
    Porque observo o tempo que passa,
    Que nosso Senhor dê ao Mestre Graça,
    O descanso eterno na Santa morada,
    Que sua família seja consolada,
    Na paz de Jesus no seu apogeu,
    Termino o poema e assim digo eu,
    Pra todo turista, aqui avisamos,
    Se quer conhecer Graciliano Ramos,
    Vá ver em Palmeira: A casa Museu!…

    Autor: Turunguinha – Cordelista