Luiz de Barros Torres

PATRONO PERPÉTUO

Em 07 de fevereiro de 1922, o Sr. Petronilo Virgínio Torres e a Srta. Antonieta de Passos Barros contraem núpcias na Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus dos Pobres, em Quebrangulo/AL. No dia 04 de abril de 1926, nascia em um sobrado localizado da Praça da Independência, em Quebrangulo, o quarto filho do casal Era um dia de domingo da Ressurreiçäo e ele recebeu na pia batismal o nome de Luiz de Barros Torres.

No ano de 1931, Luiz ingressou na escola da Profª Nazinha, instalada na Rua da Palha, em Quebrangulo, para aprender as primeiras letras e, neste mesmo ano, é transferido para a escola da Profª Maria Vieira, também nesta cidade. No ano seguinte, em 1932, Luiz passou a freqüentar a escola do renomado educador Eduardo Trigueiros, instalada na Rua do Beco, também em Quebrangulo. Uma catástrofe, porém, acontece em sua família, no dia 31 de dezembro de 1936: seu pai sofre um atentado por parte do empresário da cidade. Em fevereiro de 1937, a família de Luiz (seus pais e sete filhos menores) deixa a cidade Quebrangulo e vai fixar residência em Maceió, capital de Alagoas, na Rua Comendador Leão, 457, Poço. No ano seguinte, Luiz ingressa no Grupo Escolar Ladislau Neto, em Jaraguá, tendo como professora a senhora Marinha.

No ano de 1938, seu pai, Nilo Torres, começa a negociar em Maceió, também em Jaraguá, na firma Cais-Petróleo. Neste mesmo ano, seus pais se mudam para uma nova residência, localizada por trás da Matriz de Jaraguá. Foi aí que Luiz presta exame de Admissão na escola do Prof. José da Silveira Camerino, em Maceió.

No dia 04 de fevereiro de 1939, Luiz ingressa no Seminário de Nossa Senhora da Assunção, localizado no bairro do Farol, em Maceió, sendo recebido na oportunidade pelos padres Clóvis Duarte e Adelmo Machado, Reitor e Vice-Reitor respectivamente. No ano seguinte, no início de 1940, seu pai é acometido de uma enfermidade. Aconselhado pelo médico, muda-se com a família para Palmeira dos Índios, em Alagoas, deixando Luiz no Seminário para dar continuidade aos seus estudos e ingressar na vida eclesiástica.

Já em Palmeira dos Índios, no dia 06 de junho de 1940, seu pai começa a negociar na Princesa do Sertão no ramo de armarinho e miudezas em geral, cuja firma tinha o nome-fantasia de “Casa São Paulo”, instalada da Praça da Independência.

Ainda no Seminário, em 1943, Luiz tem a sua primeira experiência com a literatura. Criando uma criptografia pessoal, escreve um romance sobre as cruzadas da Idade Média. Neste ensaio, ele narra (Ficção) a vitória dos cristãos contra os muçulmanos para adquirir o controle da Terra Santa. Como feriu as regras disciplinares do Seminário, sua primeira obra foi confiscada pela Direção Geral, nada mais restando sobre ela. Finalmente, no dia 03 de março de 1943, ele conseguiu convencer sua mãe e abandona o Seminário. Deixou a capital de Alagoas e vem morar definitivamente em Palmeira dos Índios.

No início de 1944, ele viaja para a cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de trabalhar. Como não conseguiu o que desejava, resolve voltar para a Princesa do Sertão e, em 1947, ele fundou nesta cidade, juntamente com outros jovens, o Centro Literário Palmeirense. Ainda neste ano, Luiz ajudou a fundar e participou como vocalista do grupo musical “Malucos em Ritmo”, animando os saraus e serestas realizadas na cidade e região.

Já no ano seguinte, em 1948, ele começa a jogar como profissional no C.S.E. (Centro Social Esportivo) de Palmeira dos Índios, inicialmente como “back” e posteriormente de goleiro. No dia 25 de julho de 1948, ele escreve “O Homem”, sua primeira crônica, que é publicada no jornal palmeirense “Correio do Nordeste”, dando início a sua longa carreira na literatura.

No dia 27 de fevereiro de 1949, ele fica noivo de sua prima Terezinha de Jesus Passos, filha do então prefeito Manoel Passos Lima e de dona Maria do Amparo Passos. Já pensando no matrimônio, ele ingressa, no dia 08 de setembro deste mesmo ano, na qualidade de sócio, com seus irmãos José e Apolônio, na firma Nilo Torres & Filhos, pertencente a seu pai.

Em 1950, ele tentou outra carreira. Achando que poderia crescer na política, funda em Palmeira dos Índios o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e se torna o primeiro presidente. No dia 03 de outubro deste mesmo ano, ousa concorrer a uma vaga na Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios, pelo PTB, sem, no entanto, obter êxito.

No dia 30 de janeiro de 1951, Luiz contrai matrimônio com a Srta. Terezinha de Jesus Passos Torres, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo, em Palmeira dos Índios, cuja cerimônia foi oficializada pelo Padre Bonifácio Hermelink. Quase um ano depois, no dia 15 de dezembro de 1951, nasceu o primeiro filho do casal, Luiz Byron Passos Torres. Com este nome, Luiz quis homenagear os intelectuais ingleses. Já em meados de 1952, Luiz, atendendo a reivindicação do vigário Francisco Xavier de Macedo, elaborou o projeto da criação da Diocese de Palmeira dos Índios, aprovado pelo Papa João XXIII, dez anos depois. Como era amigo dos padres da Congregação do Sagrado Coração de Jesus, no dia 30 de março deste mesmo ano, Luiz fundou, juntamente com esses missionários, o grupo “Os cruzados Pró-Pacificação e Progresso de Palmeira dos Índios”, passando a escrever para o jornal “O Boletim”, de propriedade desse grupo.

Ainda neste ano, ele começou a escrever para o jornal “Opinião Pública”, de propriedade do Centro Literário Palmeirense, onde ocupava o cargo de Diretor-presidente. E, no dia 05 de maio, assume o cargo de Orador Oficial do Clube Montepio dos Artistas de Palmeira dos Índios. Já em 1953, Luiz fundou o P.D.C. (Partido Democrático Cristão) na cidade, e se torna seu primeiro Presidente. Em 04 de maio deste mesmo ano, a firma da qual é sócio abre uma filial na Praça da Independência, com o nome-fantasia “Casa São Paulo”. Neste mesmo imóvel, funcionou, em 1919, a “Casa Sincera” do romancista Graciliano Ramos de Oliveira. Doze dias depois, nasceu o segundo filho (uma mulher) do casal, que recebeu o nome de Maria Aparecida Passos Torres, numa homenagem à Padroeira do Brasil. No final deste ano, no dia 15 de novembro de 1953, ele passa a escrever para a coluna “Rotariana”, no jornal “Correio Palmeirense”. Meses depois, sua coluna passou a se chamar de “O meu assunto de Hoje”.

No dia 01 de novembro de 1954, nasceu o terceiro filho do casal. E, numa homenagem aos intelectuais alemães, recebeu o nome de Luiz Kleber Passos Torres. Ele faleceu dezessete dias depois de nascido, de insuficiência cardíaca. Todavia, antes de completar um ano da perda de seu filho, nasce outro, em 07 de outubro de 1955, e o casal resolveu batizá-lo com o nome Luiz Kleber Passos Torres II; este morreu ainda jovem, de acidente automobilístico, em 02 de dezembro de 1986, aos trinta e um anos de idade. No dia 09 de outubro de 1956, Luiz ingressa na Sociedade de São Vicente de Paulo da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, em Palmeira dos Índios.

Já no dia 03 de fevereiro de 1957, ele passou a ocupar o cargo de primeiro Secretário da Sociedade de São Vicente de Paula, onde permaneceu até o seu falecimento, 35 anos depois. No dia 08 de agosto de 1959, Luiz, no Teatro Deodoro, em Maceió, dirigiu sua primeira peça teatral intitulada “Morre um gato na China”, tendo como atores os palmeirenses Jofre Soares, Ronaldo Ramos e Cristália Lira. Já no dia 26 de maio de 1960, Luiz dirigiu no salão do Aeroclube de Palmeira dos Índios, a peça “Chuvas de Verão”, que tinham como atores os palmeirenses Jofre Soares, Darci Souza, Adalberto Amorim, Maria de Lourdes, Olga Constant, Maria Ambrósio e Hugo Nemésio. No dia 10 de junho deste mesmo ano, ele e um grupo de amigos fundam na cidade, o TAPI – Teatro Amador de Palmeira dos Índios.

No dia 25 de julho de 1960, nasce o quinto filho do casal, que numa homenagem aos gregos, recebeu o nome de Ariadne Passos Torres; e no dia 25 de outubro deste mesmo ano, Luiz dirige o monólogo “As mãos de Eurides”, interpretado pelo palmeirense Jofre Soares, que por sua atuação nessa peça recebeu o prêmio de melhor ator alagoano de 1959.

Sua última peça teatral, que foi apresentada no dia 01 de junho de 1961, recebeu o nome de “O Marido da Deputada”, que teve a participação de Jofre Soares, Hugo Nemésio, Darci Souza, José Delfim da Mota Branco, Boanerges Gaia, Olga Constant, Cristália Lira, Maria Ambrósio, Denise Pita e Margarida Ferro. Neste mesmo ano, no dia 03 de agosto, Luiz foi participar de um encontro do Movimento Folcolares, na Itália.

Em 1962, Luiz juntou-se a um grupo de amigos e fundou a Companhia Telefônica de Palmeira dos Índios e se torna seu primeiro e único presidente por doze anos, quando a mesma foi encampada pela TELASA. Já no dia 10 de fevereiro deste mesmo ano, é aprovado pelo Papa João XXIII, através da bula “Ad Perpetuam Rei Memorian”, o projeto elaborado por ele há dez anos, para a criação de uma Diocese em Palmeira dos Índios. E no dia 04 de julho deste mesmo ano, ele é encarregado para saudar, em nome da população palmeirense, o 1º Bispo da nova Diocese de Palmeira dos Índios.

O sexto filho do casal nasceu no dia 03 de dezembro de 1962, e na pia batismal recebeu o nome de Sayonara Passos Torres, numa homenagem às musas do Oriente. Já no dia 17 deste mesmo mês e ano, Luiz e outros leões fundam no município o Lions Clube de Palmeira dos Índios – Distrito L-14.

No dia 26 de maio de 1963, ele e um grupo de amigos também fundam, na cidade de Palmeira dos Índios, o Movimento Renovador, uma agremiação partidária que participou nas eleições de outubro deste mesmo ano derrotando nelas as oligarquias políticas da cidade. Ainda em 1963, ele e o maestro José Gonçalves compõem a letra e a música do Hino do Movimento Renovador. No final deste ano, ele ajuda a funda na cidade o Sindicato Rural de Palmeira dos Índios.

Por causa de uma decepção com o Movimento Renovador, Luiz, no dia 16 de abril 1965, renuncia sua filiação com o grupo e abandona definitivamente a política. Já no dia 20 de julho de 1965, Luiz assumiu a presidência do Lions Clube de Palmeira dos Índios, para o biênio 65/66 e, no dia 07 de agosto deste mesmo ano, nasce o sétimo filho do casal, que, numa homenagem ao povo do Oriente Médio, recebeu o nome de Jordana Passos Torres.

No dia 05 de dezembro de 1966, foi sancionada, pelo prefeito José Duarte Marques, a lei Nº 691, que determinava como símbolos oficiais da cidade a Bandeira e o Hino, criados por Luiz B. Torres, em parceria com José Delfim da Mota Branco (Bandeira), José Rebelo Torres (Letra do Hino) e o maestro José Gonçalves (Música do Hino). Já no dia 16 de setembro de 1967, Luiz passou a escrever a coluna “Opinião de L. B. Torres” no jornal “Correio do Sertão”.

No dia 31 de agosto de 1968, numa cerimônia oficial, Luiz recebe das mãos do prefeito Jota Duarte, uma bandeira do município, em sinal de gratidão e reconhecimento por ter sido criador dos símbolos da cidade de Palmeira dos Índios.

Em 1970, Luiz Torres entra para um novo mundo: o da literatura. No dia 27 de novembro, ele lança seu primeiro romance intitulado “Procissão dos Miseráveis”, no salão do Aeroclube de Palmeira dos Índios. Já no dia 13 de janeiro de 1971, o livro “Procissão dos Miseráveis” é lançado em Maceió, no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Já no dia 05 de maio deste mesmo ano, seu romance é indicado por todos os membros da Academia Alagoana de Letras para receber o prêmio “Moinho Nordeste” como o melhor livro do ano. Este fato aconteceu no dia 06 de junho de 1971.

Quando foi no dia 05 de setembro de 1971, o nosso escritor descobre alguns marcos que serviram de limites fronteiriços das terras doadas aos índios xucuru-kariris e os colocou, no dia 12 de dezembro de 1971, data da inauguração do Museu Xucurus de História, Artes e Costumes, nesta casa do passado, onde ele foi um dos fundadores e seu presidente até a morte.

Foi neste ano, num momento de muita inspiração, que Luiz Torres escreveu a lenda da cidade: “Palmeira dos Índios, a cidade do amor”. Com essa lição de vida e de muita sabedoria, além de cidade do amor, a Princesa do Sertão também ficou conhecida como a cidade dos intelectuais do Estado de Alagoas.

Em janeiro de 1972, Luiz Torres lança em Palmeira dos Índios o ensaio “Os Índios Xucuru e Kariri em Palmeira dos Índios”, que chegou a revolucionar os usos de costumes de um povo indígena. No dia 26 de março deste mesmo ano, ele descobre mais um marco que serviu de delimitação para os limites das terras doadas aos índios. E, no dia 03 de setembro, passa a escrever para o jornal “Luta Democrática” do Dep. Federal Tenório Cavalcante, instalado na cidade Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro. Para ilustrar sua rica trajetória de vida, no dia 17 de outro de 1972, ele recebe do prefeito de Caçimbinhas-Al, uma bandeira em sinal de reconhecimento e gratidão pelo seu trabalho na confecção dos símbolos municipais daquela cidade.

No ano seguinte, o de 1973, Luiz Torres descobre seis cemitérios indígenas e neles desenterra 36 igaçabas (urnas funerárias) em terras pertencentes aos municípios que alojaram a grande nação xucuru-kariri. Mais ilustrado, ele lança o ensaio melhorado “Os índios xucuru e kariri em Palmeira dos Índios”, numa nova edição. E para complementar, produz e desenha uma revista em quadrinhos, onde conta a história da “Lenda da fundação da cidade de Palmeira dos Índios”, por ocasião do bi-centenário de sua fundação.

Mas, o ano de 1973 não só foi só flores. No dia 18 de agosto ele perdeu o pai, vítima de morte natural, em Palmeira dos Índios. Apesar da dor, no dia 14 de outubro deste mesmo ano, ele recebeu o título de “Cidadão Benemérito da cidade de Igaci”, por seu trabalho na confecção dos seus símbolos municipais. No dia 05 de dezembro de 1973, ele é convidado a ser Sócio-efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.

No dia 26 de abril de 1974, na presença da intelectualidade alagoana, Luiz Torres toma posse como o mais novo membro do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Neste mesmo ano ele volta a lançar o ensaio melhorado “Os índios xucuru e kariri em Palmeira dos Índios”. Já no dia 24 de agosto de 1974, ele recebe da Empresa de Telecomunicações de Alagoas S/A uma medalha de Honra ao Mérito por seus relevantes serviços prestados ao plano de expansão da telefonia em Alagoas.

O ano de 1975, no dia 07 de março, faleceu, em Brasília/DF, sua mãe, dona Antonieta de Barros Torres. Já no dia 21 de novembro de 1975, Luiz Torres lança o livro “A terra de Tilixi e Txiliá – Palmeira dos Índios nos séculos XVIII e XIX”, no salão do Aeroclube de Palmeira dos Índios.

No ano seguinte, mais precisamente no dia 30 de janeiro de 1976, Luiz Torres comemora, com a família, suas Bodas de Prata, cuja missa foi celebrada pelo palmeirense Frei Elias Medeiros Ferro, na Igreja de São Francisco. No dia 14 de maio deste mesmo ano, ele recebeu o prêmio de “Menção Honrosa” do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, pelo seu livro “A Terra de Tilixí e Txiliá – Palmeira dos Índios nos séculos XVIII e XIX”.

No dia 12 de outubro de 1979, ele ajuda a fundar, em Palmeira dos Índios, a Fundação de Amparo ao Menor – FUNDANOR. Cinco anos depois, no dia 25 de abril de 1984, ele elabora os estatutos que regerão a referida fundação.

No dia 13 de maio de 1984, Luiz Torres recebe da Fundação Joaquim Nabuco, em Pernambuco, a “Medalha do Mérito”, por seus relevantes serviços prestados à cultura nordestina e brasileira. Foi sua maior condecoração. Neste mesmo ano, lança o livro “Os índios xucuru e kariri em Palmeira dos Índios”, numa edição melhorada e ampliada e conclui mais um livro, o único de poesias, por publicar, “Eu e o Amor”.

Em fevereiro de 1985, ele recebe da Empresa de Telecomunicações de Alagoas (TELASA) mais uma homenagem. Desta feita, ele emprestou seu nome ao novo prédio da empresa em Palmeira dos Índios.

Dois anos depois, em 1987, Luiz Torres conclui um livro, desta vez sobre suas memórias: “Socorro, não quero ser padre”, por publicar; e, no final do ano, concluiu um outro intitulado “O Catolicismo e sua Influência em Palmeira dos Índios”, também por publicar. Já no dia 21 de novembro deste mesmo ano, ele recebe uma homenagem da Fundação Teatro Deodoro, intitulada “Mérito Cultural”, face aos relevantes serviços de benemerência à cultura estadual. E um mês depois, em Quebrangulo, recebe o título de “Personalidade do Ano” da municipalidade quebrangulense.

No final de 1988, ele roteiriza, produz e dirige um documentário em VHS sobre a lenda da cidade de Palmeira dos Índios, utilizando para filmagens a própria reserva indígena e os descendentes dos índios xucuru-kariris.

Já no ano seguinte, em 1989, ele conclui mais uma obra: “Roteiro Histórico e Turístico das Ruas Antigas de Palmeira dos Índios” (por publicar) e passa a colaborar com o jornal “Gerse”, da Associação dos Funcionários da Companhia de Abastecimento de Água e Saneamento de Alagoas – CASAL. Sua vida jornalística está descrita no livro: “Jornais palmeirenses desde 1865”, também por publicar.

Ainda em 1989, Luiz Torres roteiriza, produz e dirige o longa metragem em VHS, “O Interesse Público”, onde conta a vida do primeiro tipógrafo e da fundação do seu jornal, o primeiro do gênero em Palmeira dos Índios.

Em 1991, inspirado, Luiz Torres conclui mais três livros: “Vereadores e Prefeitos Palmeirenses, desde 1838”, “Estou Baleado, me acudam” e “Jesus, o impostor?”. Somente o último foi publicado, como presente à família do escritor, pelo então governador Divaldo Suruagy, cuja obra só chegou às bancas em 1995.

No dia 28 de abril deste mesmo ano, na Chácara do escritor Ivan Bezerra de Barros, Luiz Torres lança o livro “Visão Social do Evangelho” e depois recebe o título de “Escritor do Ano”, numa homenagem patrocinada pelo Rotary Clube de Palmeira dos Índios.

O ano de 1992, aliás, o último, foi muito importante para o escritor. É publicado um livro “pós mortem”, que escreveu em parceria com o escritor Ivan Bezerra de Barros: “Roteiro Sentimental de Graciliano Ramos”, por ocasião do centenário de nascimento deste grande romancista brasileiro. No dia 13 de março deste fatídico ano, ele é submetido a uma cirurgia na Santa Casa de Misericórdia, em Maceió. Já no dia 03 de maio, o então prefeito, Gileno Costa Sampaio, inaugurou um Grupo Escolar no bairro da Vila Nova e batizou-lhe com o nome de Escola Municipal Escritor Luiz B. Torres.

No dia 24 de maio de 1992, o escritor Luiz B. Torres faleceu, às 23 horas, no Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro, de edema pulmonar, seguido de uma parada cardíaca, e somente no dia 26 é sepultado no cemitério São Gonçalo, na cidade que ele amou em vida: Palmeira dos Índios.