• Sócio efetivo da APALCA, Prof. Pedro Neto, lançará em breve seu livro “O Mistério do Olhar”

    Postagem publicada em 3 de agosto de 2011 por em Informativo

    O professor Pedro Almeida Neto realiza – com a publicação deste livro – a sua segunda produção poética, antecedida pelo livro Devaneios. Sócio efetivo de nossa Academia de Letras desde 2008, ele contribui com sua incansável arte de escrever poesias. Por isso, foi com muita alegria e surpresa que tomei conhecimento de seu mais novo trabalho: O Mistério do Olhar.

    Ao abrir as folhas do livro O Mistério do Olhar, deparo-me logo em sua primeira produção poética com o poema registrado sob título “A Obra Aberta”, como se este já anunciasse o mistério que envolveria todos os demais poemas, a partir daquela página inicial.

                Com uma temática variada, os versos do poeta se apresentam livres, simples e curtos, todavia, convidam a uma leitura profunda que ultrapassa a escrita das palavras e invade a intenção de seu autor, desabrochando os sentimentos vividos pela emoção do instante, pelo prazer de simular, inventar e reinventar a fantasia que se confunde à realidade verdadeira ou utópica do poeta.

                Como entender um poeta, se ele mesmo mergulha em um mundo que lhe é desconhecido e reconstruído a cada novo olhar cheio de mistério??? O olhar de um poeta – não se engane -, jamais poderá ser definido pelos defensores do raciocínio lógico e pelos descrentes do mundo da imaginação, afinal de contas, nem somente de realidade vive a poesia…

    A poesia do autor deste livro nos apresenta o jogo do contraste, quando brinca inteligentemente com as palavras, pluralizando seus significados, desafiando-as sem pedir-lhes licença, e lançando a contradição de suas ideias como: escuridão, claridade; magia, realidade; nostalgia e alegria; ausência, presença, etc., além de dar ritmo aos seus versos, embalando na ordem: daqui pra lá, e de lá pra cá.

    Os versos do poeta Pedro Neto revelam uma perfeita intimidade com as palavras, independente de sua métrica ou rima; são pedacinhos de palavras que se cruzam e se juntam às outras, não apenas para preencherem espaços vazios do papel, mas para dar-lhe sentido, vida e – sem exageros – a cor que somente a poesia pode presentear.

    A obra poética de Pedro Neto permanece aberta e encantadora até a sua última página, num convite mudo e contínuo que nos surpreende a cada ato de “virar a folha”, quando nos aparecem novos personagens que compõem sua poesia (musas e deuses indígenas, sereias e natureza…), numa intimidade infinita e perfeita com o seu mundo interior e o seu eu criador.

    Estamos torcendo para que ele continue produzindo mais livros, brindando-nos com a sua poesia doce e mansa a bailar em nossos corações!!!

     

    Isvânia Marques (Escritora e Presidente da Academia Palmeirense de Letras – APALCA)