Se perguntas sobre mim,
Não saberão responder.
Eu simplesmente adoro amar
E, em troca, amado ser.
Se perguntas quem sou,
Posso responder em ruídos.
Pois o homem não é,
Do seu nome, um só gemido.
O homem é aquilo que faz,
Aquilo que tenta, aquilo que sente,
Mas nunca pode ser o homem
O que não está em sua mente.
Se criticas minhas faltas,
Eu justifico como ausência:
Ausência de rosas,
De flores tenho carência.
Adoro teu jeito discreto,
Suave como um bom vinho.
Mas não me perguntes nada tão direto.
Se perguntar,
Direi apenas que nem sempre sou rosa,
Mas também não sou espinho.
do Livro “Improváveis e Ameaças”
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