Bálsamo Cerúleo
De manhã, nos ventos cilícios da aurora,
A luz do sol brilha resplandecente.
Minh’alma anseia, em ímpeto ardente,
A flâmula d’um sonho magno de outrora.
Diante das águas celestiais e longínquas,
Suavemente, o mar chora sobre minha ínsula.
Cindindo a elementaríssima lividez omnímoda,
Detrás do valioso horizonte do meu vasto coração.
As admiráveis correntes etéreas dominam meu ser
Como o espectro usufrutuário dos pélagos,
Semelhante à doce manhã outonal da alvorada.
E entre o zéfiro que sulca a onda cristalina,
Onde, então, encontrarei a paz infinita?
– N’amplidão do Bálsamo Cerúleo da minha vida!