Pedro Almeida Neto (terça – feira – 15/8/2000)
Caminhando à beira-mar,
Balançando o chichiar,
Sereia vou despertar.
Volteando como as ondas…
Sombreando como as sombras…
Vestido no meu praiá.
Sacudindo daqui pra lá…
Sacudindo de lá pra cá…
Quando ela despertar,
E, de longe aparecer…
Querendo me conhecer…
Meia volta eu vou dar.
Seu colar vou colocar.
Sua mão vou segurar.
Entregar o seu cocar!…
O toré vai começar!…
Clava há-de resplandecer!
Horizonte há de se erguer!
Memória dos ancestrais!
Lembranças dos naturais
De um tempo que já passou…
E recordações deixou…
Dançaremos firmemente:
Confiantes, fortemente.
Até Tupã despertar
E me ordenar pra eu tirar
Do meu corpo o praiá.
E ocê pra eu vai oiá.
E vai me apreciá.
E dizê:
– O que é que há?