PEDRO ALMEIDA NETO (quinta-feira -26/11/98)
O índio Tupi
Levanta sua lança,
Pois, na confiança,
Dispõe-se a lutar.
Guerreiro da Tribo…
Com força e com garra,
Desfaz-se da amarra
Que quer lhe prender.
A luta é renhida,
Porém, dividida…
Transforma a semente
Do vil fenecer.
Se entrega ao trabalho!
Se faz operário:
Pois, na sua vida,
Viver é lutar!
A lança cravada
No chão da esperança!
Erguida por ele
Com tal decisão!
Já trava o combate:
Tenaz! vigoroso!
Pois, ele é vaidoso
Junto a seus irmãos.
Corre pelos montes,
Vê nos horizontes:
Clava iluminada
Que brilha no ar.
Recorda seu povo
De grande passado…
E, surge a imagem
Dos tempos de luz.
Reaviva a memória
Dos tempos de glória;
De um povo que outrora
Lutou pelos seus.
Agora parado,
Já tão fatigado…
Ergue as mãos pro Céu,
Recorre a seu Deus:
Aqui estou, Tupã!
Ereto e cansado,
Mas iluminado
Por ser filho seu.
No encanto da noite:
Filhos encantados…
Deixaram recados…
Na hora do adeus.