LUIZ DE BARROS TORRES, PATRONO da APALCA, FOI O AUTOR DO PROJETO, EM 1952 (A PEDIDO DO VIGÁRIO PADRE MACEDO), DO PROJETO PARA PALMEIRA DOS ÍNDIOS TORNAR-SE DIOCESE. DEZ ANOS DEPOIS, EM 1962, O PAPA JOÃO XXIII, ATRAVÉS DA BULA “AD PERPETUAM REI MEMORIAM” APROVA A DIOCESE, CONFORME ATESTA ARQUIVO DEIXADO POR SEU FILHO BYRON TORRES.
VIDA E OBRA DO ESCRITOR LUIZ B. TORRES.
Lançou seu primeiro livro, “Procissão dos Miseráveis”, em 1970, e foi com ele que recebeu seu primeiro prêmio como escritor: O do Moinho Nordeste, numa indicação unânime da Academia Alagoana de Letras. “Os Índios Xucuru e Kariri em Palmeira dos Índios” foi outro livro escritor por Luiz Torres e teve quatro edições ampliadas. Por seu empenho em pesquisar e escrever sobre os primeiros habitantes de Palmeira dos Índios, foi convidado e tomou posse no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, em 1974.
“A Terra de Tilixi e Txiliá – Palmeira dos Índios nos Séculos XVIII e XIX” foi outro livro escrito por Luiz Torres, em 1975, e que lhe deu uma Menção Honrosa, por seus méritos como historiador, pelo Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas. Em 1984, o Instituto Joaquim Nabuco, de Pernambuco, concedeu-lhe a Medalha de Mérito, por seus relevantes serviços prestados à cultura nordestina e brasileira. Em 1987, recebeu da Fundação Teatro Deodoro o Mérito Cultural, face aos seus préstimos de benemerência a essa entidade. Em 1991, lança mais uma obra: “Visão Social do Evangelho”. Dois livros de Luiz Torres foram lançados in memoriam: “Roteiro Sentimental de Graciliano Ramos em Palmeira dos Índios”, em parceria com o também palmeirense Ivan Bezerra de Barros, em 1992, ano de seu falecimento, e “Jesus, o Impostor?”, em 1997.
Luiz Torres deixou várias obras concluídas, mas não publicadas: “Eu e o Amor”; “Socorro, não quero ser padre”; “O Catolicismo e sua influência em Palmeira dos Índios”; “Estou Baleado, me acudam”; “Vereadores e Prefeitos desde 1838”; “Jornais Palmeirenses desde 1865”; e “A cidade do Amor”, onde narra a lenda da fundação de Palmeira dos Índios.
No lado religioso, Luiz Torres também deu sua colaboração à “Princesa do Sertão”. Por sua formação cristã, tanto familiar quanto de seminário, foi uma pessoa que sempre socorreu a quem necessitava de sua ajuda, principalmente à frente da Sociedade de São Vicente de Paula. Foi o autor do projeto para a criação da Diocese de Palmeira dos Índios, em 1952, e que, somente dez anos depois, em 1962, foi aprovado pelo Papa João XXIII, através da bula AD PERPETUAM REI MEMORIAM.
Foi um dos maiores incentivadores do pároco Francisco Xavier de Macedo em suas decisões e definições na ampliação de sua paróquia, tornando-se amigo e confidente dos bispos dom Otávio Barbosa de Aguiar, dom Epaminondas José de Araújo e dom Fernando Iório Rodrigues.
Na área de pesquisa, Luiz Torres trouxe à tona a história da cidade de Palmeira dos Índios. Descobriu documentos dos séculos XVIII e XIX, fatos reais ocorridos no desenvolvimento do pequeno arraial, e definiu datas históricas. Em 1971, fez o mesmo trajeto que os oficiais da Guarda Nacional fizeram em 1822, quando, por ordem do Imperador, delimitaram as terras destinadas aos índios xucurus e kariris. Encontrou os marcos e também suas testemunhas, que serviram como indicativos fronteiriços dessa área. Descobriu seis cemitérios indígenas e neles desenterrou 35 igaçabas. Encontrou panelas, machados, pontas de flechas e outros instrumentos pertencentes à civilização indígena no passado.
Em 1971, funda o Museu Xucurus de História, Artes e Costumes, e nele coloca todos os materiais pertencentes ao passado, encontrados por ele, além de arrecadar junto à população outros instrumentos pertencentes às famílias mais tradicionais da taba xucuru/kariri.
Em 1966, o então prefeito José Duarte Marques sanciona a lei 691, onde determinava como símbolos oficiais da cidade de Palmeira dos Índios, o Hino, o Brasão e a Bandeira confeccionados por Luiz Torres em co-parceria com outros palmeirenses. São suas, também, as confecções dos símbolos oficiais das cidades de Cacimbinhas e Igaci.
Em 1988, produziu e dirigiu um documentário sobre a lenda da fundação da cidade de Palmeira dos Índios, em VHS, tendo como protagonistas os próprios descendentes dos índios xucuru/kariri. Em 1989, filma a história do fundador da primeira tipografia da Vila de Palmeira dos Índios, bem como a fundação do seu primeiro jornal.
O escritor e historiador Luiz B. Torres, em 13 de março de 1992, é submetido a uma cirurgia na Santa Casa de Misericórdia, em Maceió. Pela gravidade de sua doença, foi buscar, na cidade do Rio de Janeiro, meios para um pronto restabelecimento. No dia 24 de maio de 1992, às 23 horas, falece no Instituto Nacional do Câncer, de edema pulmonar, seguido de uma parada cardíaca. Seu corpo foi sepultado no cemitério São Gonçalo, em Palmeira dos Índios, no dia 26 de maio de 1992.
Luiz Torres sempre dizia: “Sou um quebrangulenses de fato, mas um palmeirense de direito”. E a essa terra que tanto amou, deixou a seguinte frase:
“QUEM VISITA PALMEIRA DOS ÍNDIOS, A ELA VAI SE LIGAR, PELOS LAÇOS DA SAUDADE E O DESEJO DE VOLTAR”.
CRONOLOGIA DO ESCRITOR LUIZ B.TORRES
– 1997 –
QUEBRANGULO – ALAGOAS
07.02.1922: O Sr. Petronilo Virginio Torres e a senhorita Antonieta de Passos Barros contraem núpcias na Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus dos Pobres, em Quebrangulo/AL. Ela passou a assinar Antonieta de Barros Torres.
04.04.1926: Nasceu em um sobrado localizado da Praça da Independência, em Quebrangulo, o quarto filho do casal Petronilo e Antonieta. Era um dia de domingo da ressurreiçäo e ele recebeu, na pia batismal, o nome de Luiz.
1931: Luiz ingressou na escola da Profª Nazinha, instalada na Rua da Palha, em Quebrangulo, para aprender as primeiras letras. Neste mesmo ano, é transferido para a escola da Profª Maria Vieira, também nesta cidade, onde seus pais atenderam a um seu pedido. Nela, Luiz logo começou a se destacar como um dos melhores alunos.
1932: Luiz passou a frequentar a escola do renomado educador Eduardo Trigueiros, instalada na rua do Beco, perto do pontilhão de ferro da REFESA, em Quebrangulo. Com a transferência do professor para Maceió, ele vai estudar na escola do mestre Quincas, localizada perto da Estação do Trem, também em Quebrangulo.
31.12.1936: Seu pai sofre um atentado por parte de um empresário de Quebrangulo, próximo à virada no Ano novo.
MACEIÓ – ALAGOAS
02.1937: A família de Luiz, seus pais e sete filhos menores deixam a cidade Quebrangulo e vão fixar residência em Maceió, capital de Alagoas, na rua Comendador Leão, 457, Poço.
1938: Luiz ingressa no Grupo Escolar Ladislau Neto, em Jaraguá, tendo como professora a senhora Mariinha.
1938: Seu pai começa a negociar em Maceió, também em Jaraguá, na firma Cais-Petróleo.
1938: Seus pais se mudam para uma nova residência, localizada por trás da Matriz de Jaraguá, no bairro do mesmo nome.
1938: Luiz presta Exame de Admissão ao Ginásio na escola do Prof. José da Silveira Comerino, em Maceió.
04.02.1939: Ingressa no Seminário de Nossa Senhora da Assunção, localizado no bairro do Farol, em Maceió, sendo recebido na oportunidade pelos padres Clóvis Duarte e Adelmo Machado, Reitor e Vice-Reitor respectivamente.
1940: Seu pai é acometido de uma enfermidade. Aconselhado pelo médico, muda-se com a família para Palmeira dos Índios, em Alagoas, deixando Luiz no Seminário para dar continuidade aos seus estudos para ingressar na vida eclesiástica.
06.06.1940: Seu pai começa a negociar na Princesa do Sertão no ramo de armarinho e miudezas em geral, cuja firma tinha o nome de fantasia “Casa São Paulo”, instalada da Praça da Independência, esquina com a Rua Floriano Peixoto.
1943: Luiz tem a sua primeira experiência com a literatura. Criando uma criptografia pessoal, escreve um romance sobre as cruzadas da Idade Média. Neste ensaio, ele narra (Ficção) a vitória dos cristãos contra os muçulmanos para adquirir o controle da terra santa. Como feriu as regras disciplinares do Seminário, sua primeira obra foi confiscada pela Direção Geral, nada mais restando sobre ela.
03.03.1944: Luiz conseguiu convencer sua mãe e abandona o Seminário. Deixou a capital de Alagoas e vem morar definitivamente em Palmeira dos Indios.
PALMEIRA DOS ÍNDIOS – ALAGOAS
1944: No final deste ano, viaja para a cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de trabalhar.
1947: Luiz fundou, juntamente com outros jovens, o Centro Literário Palmeirense, o primeiro e único no gênero na história de Palmeira dos Índios.
1947: Fundou e participou como vocalista do grupo musical “Malucos em Ritmo”, animando os saraus e serestas realizadas na cidade e região.
1948: Luiz começa a jogar como profissional no CSE (Centro Social Esportivo) de Palmeira dos Índios, inicialmente como back e posteriormente de goleiro.
25.07.1948: “O Homem” é a sua primeira crônica escrita, publicada no jornal palmeirense “Correio do Nordeste”, dando início à sua longa carreira na literatura.
27.02.1949: Luiz noiva com a senhorita Terezinha de Jesus Passos, filha do prefeito Manoel Passos Lima e de dona Maria do Amparo Passos.
08.09.1949: Ingressa, na qualidade de sócio, com seus irmãos José e Apolônio, na firma Nilo Torres & Filhos de seu pai.
1950: Funda em Palmeira dos Índios o partido político PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e se torna o primeiro presidente.
03.10.1950: Concorre a uma vaga na Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios, pelo PTB, sem, no entanto, obter êxito.
30.01.1951: Contrai matrimônio com Terezinha de Jesus Passos Torres, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo, em Palmeira dos Indios, cuja cerimônia foi oficializada pelo Pe. Bonifácio Hermelink.
15.12.1951: Nasceu o primeiro filho do casal, Luiz Byron Passos Torres. Com este nome dado à criança, Luiz quis homenagear os intelectuais ingleses. Outra particularidade deste escritor é a de que todos os filhos homens receberam o nome de Luiz.
1952: Atendendo à reivindicação do vigário Francisco Xavier de Macedo, Luiz elaborou o projeto da criação da Diocese de Palmeira dos Indios, aprovado pelo Papa João XXIII, dez anos depois.
30.03.1952: Fundou o grupo “Os cruzados Pró-Pacificação e Progresso de Palmeira dos Indios”, passando a escrever para o jornal “O Boletim” de propriedade desse grupo.
06.04.1952: Luiz passou a escrever para o jornal “Opinião Pública” de propriedade do Centro Literário Palmeirense, onde ocupava o cargo de diretor-presidente.
05.05.1952: Assume o cargo de Orador Oficial do Clube Montepio dos Artistas de Palmeira dos Índios.
1953: Luiz fundou o P.DC (Partido Democrático Cristão) na cidade e se torna seu primeiro presidente.
04.05.1953: A firma da qual é sócio abre uma filial na Praça da Independência, com o nome de fantasia de “Casa São Paulo”. Neste mesmo imóvel, funcionou, em 1919, a “Casa Sincera”, do romancista Graciliano Ramos de Oliveira.
16.05.1953: Nasceu o segundo filho (uma mulher) do casal, que recebeu o nome de Maria Aparecida Passos Torres, numa homenagem à padroeira do Brasil.
15.11.1953: Passa a escrever a coluna “Rotariano”, no jornal “Correio Palmeirense”. Meses depois, sua coluna passou a se chamar de “O meu assunto de Hoje”.
01.11.1954: Nasceu o terceiro filho do casal, que, numa homenagem aos intelectuais alemães, recebeu o nome de Luiz Kleber Passos Torres. Ele veio a falecer dezessete dias depois de nascido de insuficiência cardíaca.
09.10.1956: Luiz ingressa na Sociedade de São Vicente de Paula da Paróquia de Nossa Senhora do Amparo, em Palmeira dos Índios.
03.02.1957: Passou a ocupar o cargo de primeiro secretário da Sociedade de São Vicente de Paula, onde permaneceu até o seu falecimento, 35 anos depois.
12.1957: É conclamado paraninfo da turma concluinte do curso Ginasial do Colégio Pio XII.
08.08.1959: No Teatro Deodoro, em Maceió, dirigiu sua primeira peça teatral intitulada “Morre um gato na China”, tendo como atores os palmeirenses Jofre Soares, Ronaldo Ramos e Cristália Lira.
26.05.1960: Luiz dirigiu, no salão do Aeroclube de Palmeira dos Índios, a peça “Chuvas de Verão”, que tinha como atores os palmeirenses Jofre Soares, Darci Souza, Adalberto Amorim, Maria de Lourdes, Olga Constant, Maria Ambrósio e Hugo Nemésio.
10.06.1960: Fundou o TAPI – Teatro Amador de Palmeira dos Índios.
25.07.1960: Nasce o quinto filho do casal, que, numa homenagem aos gregos, recebeu o nome de Ariadne Passos Torres.
26.10.1960: Dirige o monólogo “As mãos de Eurides” interpretado pelo palmeirense Jofre Soares, que, por sua atuação nessa peça, recebeu o prêmio de melhor ator alagoano de 1959.
01.06.1961: Dirige a sua última peça intitulada “O Marido da Deputada”, com a participação de Jofre Soares, Hugo Nemésio, Darci Souza, José Delfim da Mota Branco, Boanerges Gaia, Olga Constant, Cristália Lira, Maria Ambrósio, Denise Pita e Margarida Ferro.
03.08.1961: Participa de um encontro do Movimento Folcolare, na Itália.
1962: Luiz fundou a Companhia Telefônica de Palmeira dos Índios e se torna seu primeiro e único presidente por doze anos, quando a mesma foi encampada pela TELASA.
10.02.1962: Aprovação do Papa João XXIII, através da bula “Ad Perpetuam Rei Memoriam”, do projeto elaborado por Luiz há dez anos, para a criação de uma Diocese em Palmeira dos Índios.
04.07.1962: Saúda, em nome dos palmeirenses, o 1º Bispo da nova Diocese de Palmeira dos Indios, neste dia da sua posse.
03.12.1962: Nasceu o sexto filho do casal, que na pia batismal recebeu o nome de Sayonara Passos Torres, numa homenagem as musas do oriente.
17.12.1962: Funda o Lions Clube de Palmeira dos Índios – Distrito L-14 e se torna um “leão”.
26.05.1963: Funda na cidade e Palmeira dos Índios o Movimento Renovador, que derrotou nas eleições as oligarquias políticas da cidade.
1963: Juntamente com o maestro José Gonçalves, compôs a letra e a música do Hino do Movimento Renovador.
1963: Funda na cidade o Sindicato Rural de Palmeira dos Índios.
16.04.1965: Abandona definitivamente a política, renunciando sua filiação ao Movimento Renovador.
20.07.1965: Assumiu a presidência do Lions Club de Palmeira dos Índios, para o biênio 65/66.
07.08.1965: Nasce o sétimo filho do casal, que numa homenagem ao povo do oriente médio, recebeu o nome de Jordana Passos Torres.
20.07.1966: Assumiu o cargo de Vice-Governador do Lions Club, Distrito L-14D.
05.12.1966: Foi sancionada pelo prefeito José Duarte Marques, a lei Nº 691, onde determinava como símbolos oficiais da cidade, a bandeira e o hino confeccionados por Luiz B. Torres, em parceria com José Delfim da Mota Branco (Bandeira), José Rebelo Torres (Letra do hino) e o maestro José Gonçalves (Música do hino).
16.09.1967: Passou a escrever a coluna “Opinião de L.B.Torres” no jornal “Correio do Sertão”.
23.03.1968: Participa, em Curitiba, do VI Congresso Nacional dos Municípios, sendo um dos sete representantes de Palmeira dos Índios.
10.06.1968: Assume as funções de Ass. de Sócios e Frequência dos Lyons Club de Palmeira dos Índios, para o biênio 68/69.
31/08.1968: Oficialmente, o prefeito Jota Duarte doa uma bandeira do município ao escritor, em sinal de gratidão e reconhecimento por ter sido criador dos símbolos da cidade de Palmeira dos Índios.
18.05.1970: “Opinião L.B.Torres” é a coluna que Luiz passa a escrever no jornal “Folha de Palmeira”.
27.11.1970: Luiz lança seu primeiro romance intitulado “Procissão dos Miseráveis”, no salão do Aeroclube de Palmeira dos Índios.
13.01.1971: O livro “Procissão dos Miseráveis” é lançado em Maceió, no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.
05.05.1971: Seu romance é indicado por todos os membros da Academia Alagoana de Letras para receber o prêmio “Moinho Nordeste” como o melhor livro do ano.
06.06.1971: Luiz recebeu o prêmio do “Moinho Nordeste” na Academia Alagoana de Letras.
05.09.1971: Luiz descobre alguns marcos que serviram de limites fronteiriços das terras doadas aos índios xucuru/kariri.
12.12.1971: Inauguração do Museu Xucurus de História, Artes e Costumes, onde Luiz foi um dos seus criadores, tornando-se seu presidente até sua morte.
1971: Luiz escreve a lenda da cidade “Palmeira dos Indios, a cidade do amor”.
01.1972: Lançamento em Palmeira dos Índios do ensaio “Os Índios Xucuru e Kariri em Palmeira dos Índios”.
26.03.1972: Descobre mais um marco que serviu de delimitação para os limites das terras doadas aos índios.
03.09.1972: Luiz passa a escrever para o jornal “Luta Democrática”, do deputado federal Tenório Cavalcante, na cidade do Rio de Janeiro.
17/10.1972: Recebe do prefeito de Cacimbinhas/AL uma bandeira, em sinal de reconhecimento e gratidão pelo seu trabalho na confecção dos símbolos municipais daquela cidade.
1973: Descobre seis cemitérios indígenas e neles desenterra 36 igaçabas (urnas funerárias) em terras pertencentes aos municípios que alojaram a grande nação xucuru/kariri.
1973: Lança o ensaio melhorado “Os índios xucuru e kariri em Palmeira dos Índios”, numa nova edição.
1973: Produz e desenha uma revista em quadrinhos, onde conta a história da “Lenda da fundação da cidade de Palmeira dos Índios”, por ocasião do bi-centenário de sua fundação.
18.08.1973: Faleceu seu pai, Petronilo Virgínio Torres, em Palmeira dos Índios.
14.10.1973: Recebeu o título de “Cidadão Benemérito da cidade de Igaci”, por seu trabalho na confecção dos seus símbolos municipais.
05.12.1973: É convidado para ingressar no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.
26.04.1974: Toma posse como o mais novo membro do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas.
1974: Lança o ensaio melhorado “Os índios xucuru e kariri em Palmeira dos Índios”.
24.08.1974: Luiz recebe da Empresa de Telecomunicações de Alagoas S/A-TELASA, uma medalha de Honra ao Mérito por seus relevantes serviços prestados ao plano de expansão da telefonia em Alagoas.
21.11.1975: Lança o livro “A terra de Tilixi e Txiliá – Palmeira dos Indios nos séculos XVIII e XIX”, no salão do Aeroclube de Palmeira dos Índios.
07.12.1975: Passa a colaborar com o “Jornal de Alagoas” de propriedade dos Diários Associados, em Maceió – AL.
30.01.1976: Comemora com a família suas “Bodas de Prata”, em Salvador-Ba, cuja missa foi celebrada pelo palmeirense frei Elias Medeiros Ferro, na Igreja de São Francisco.
07.03.1975: Faleceu sua mãe, Antonieta de Barros Torres, em Brasília/DF.
14.05.1976: Recebeu “Menção Honrosa” do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, pelo seu livro “A Terra de Tilixi e Txiliá – Palmeira dos Índios nos séculos XVIII e XIX”.
05.06.1978: Recepcionou o 2º bispo de Palmeira dos Índios, dom Epaminondas José de Araújo, em nome da comunidade palmeirense.
1979: Passa a colaborar com o jornal “Folha do Sertão”, suplemento do Jornal de Alagoas.
09.09.1979: Luiz inaugura no Museu Xucurus de História, Artes e Costumes, uma ala dedicada à história dos índios xucuru/kariri em Palmeira dos Índios.
12.10.1979: Luiz ajuda a fundar, em Palmeira dos Índios, a Fundação de Amparo ao Menor – FUNDANOR.
25.04.1984: Elabora os estatutos que regerão a Fundação de Amparo ao Menor.
13.05.1984: Recebe da Fundação Joaquim Nabuco, em Pernambuco, a medalha do “Mérito”, por seus relevantes serviços prestados à cultura nordestina e brasileira. Foi sua maior condecoração.
1984: Lança o livro “Os índios xucuru e kariri em Palmeira dos Índios” numa edição melhorada e ampliada.
1984: Conclui mais um livro (por publicar) “Eu e o Amor”.
02.1985: Recebe da Empresa de Telecomunicações de Alagoas – TELASA mais uma homenagem. Desta feita, emprestou seu nome ao novo prédio da TELASA em Palmeira dos Índios.
30.06.1985: Recepciona o novo bispo de Palmeira dos Indios, dom Fernando Iório Rodrigues, 3º bispo da cidade, em nome da comunidade palmeirense.
1987: Conclui mais um livro, desta vez sobre suas próprias memórias “Socorro, não quero ser padre”, também por publicar.
1987: Conclui outra obre “O Catolicismo e sua Influência em Palmeira dos Índios”, por publicar.
21.11.1987: Recebe uma homenagem da Fundação Teatro Deodoro, “Mérito Cultural”, face aos relevantes serviços de benemerência à cultura estadual.
21.12.1987: Recebe o título de “Personalidade do Ano” da municipalidade quebrangulense.
20.08.1988: Passa a escrever para o jornal “Folha de Palmeira”.
1988: Passa a escrever para o jornal “Espaço” de propriedade da Associação Atlética Banco do Brasil – AABB.
1988: Roteiriza, produz e dirige um documentário em VHS sobre a lenda da cidade de Palmeira dos Índios, utilizando para filmagens a própria reserva indígena e os descendentes dos índios xucuru/kariri.
1989: Conclui mais uma obra “Roteiro Histórico e Turístico das Ruas Antigas de Palmeira dos Indios”, por publicar.
1989: Passa a colaborar com o jornal “Gerse”, da Associação dos Funcionários da Companhia de Abastecimento de Água e Saneamento de Alagoas – CASAL.
1989: Conclui mais um livro: “Jornais palmeirenses desde 1865”, por publicar.
1989: Roteiriza, produz e dirige o longa metragem em VHS, “O Interesse Público”, onde conta a vida do primeiro jornalista e da fundação do seu jornal, o primeiro do gênero em Palmeira dos Índios.
1991: Conclui mais um livro: “Vereadores e Prefeitos Palmeirenses, desde 1838”, por publicar.
1991: Conclui mais uma obra: “Estou Baleado, me acudam”, ainda por publicar.
1991: Conclui mais um livro: “Jesus, o impostor?”. Como presente à família do escritor, o governador Divaldo Suruagy manda publicar esta obra em 1995.
28.04.1991: Lança mais um livro: “Visão Social do Evangelho”, na chácara do escritor Ivan Bezerra de Barros.
1991: Recebe o título de “Escritor do Ano” dado pelo Rotary Club de Palmeira dos Índios.
1992: É publicado um livro “pós-morte”, que escreveu em parceria com o escritor Ivan Bezerra de Barros: “Roteiro Sentimental de Graciliano Ramos”, por ocasião do centenário de nascimento deste grande romancista brasileiro.
13.03.1992: É submetido a uma cirurgia na Santa Casa de Misericórdia em Maceió.
03.05.1992: O prefeito Gileno Costa Sampaio inaugurou um Grupo Escolar no bairro da Vila Nova e deu o nome de Escola Municipal Escritor Luiz B. Torres.
24.05.1992: Faleceu o escritor Luiz Torres, às 23 horas, no Instituto Nacional do Câncer, no Rio de Janeiro, de edema pulmonar, seguido de uma parada cardíaca.
26.05.1992: É sepultado no cemitério São Gonçalo, na cidade de ele amou em vida: Palmeira dos Índios – Alagoas.
(Pesquisa de Luiz de Byron Torres)