Quando comemoramos o Dia Internacional da Mulher em 8 de março de qualquer ano vigente, estamos simplesmente retribuindo o que cada uma dessas criaturas fez e faz em prol de um mundo mais sadio, fraterno, “maternal”, sensual e feliz!
Das incipientes pinturas ruprestes dos neolíticos períodos da humanidade pré-Homo sapiens sapiens – que chegaram a induzir ‘Eram os Deuses Astronautas?’ em pleno Séc. XX – até a Piettá de Michelangelo ou a Mona Lisa de Da Vinci, redundando na arte extemporânea de uma Frida Kahlo, retrocedendo, de novo, até o poderio da Rainha de Sabá que encantou um Salomão dos Cânticos e uma Cleópatra que subjugou a invencibilidade de Roma através do amor de Marco Antônio, sempre teremos mulheres que fizeram História! Além, claro, de uma simples mulher do povo galileu chamada Maria, a da Bíblia, geradora de um ser perfeito batizado como Jesus! E para aproximar um pouco mais o passado do relativo presente não podemos olvidar a(s) Anita Garibaldi heroína das lutas riograndenses e a Anita do Abaporu da Semana Modernista de 1922; como não devemos riscar da memória a psiquiatra Nise da Silveira com seus criativos e eternos conscientes “inconscientes” nem uma Rosa de Luxemburgo ou uma Dolores ‘La Pasionaria’ Ibarruri na mais pura acepção ideológica por um mundo melhor; uma Golda Meir ou Indira Gandhi em universos conflitantes que vão do judaísmo até o hinduísmo passando por um islamismo que sufoca o mundo feminino.
Enfim, ancestrais de todas as fêmeas revolucionárias da mitologia, cristandade, luta armada, ciência, ideologia e geopolítica.
No popular “dia da mulher” impossível e injusto seria esquecer a poetisa Cora Coralina que cantou e encantou suas conterrâneas obreiras, lavadeiras, putas de todos os matizes e evangelizadoras também, ou uma Maria Escolástica mais conhecida como “Mãe Menininha do Gantois” que agregou sábia e pacificamente todos os terreiros da velha Bahía sob a mão da doçura e da sabedoria afro.
E na labuta política e profissional dos dias nossos alagoanos, pois o Brasil é imensidão a mais perder de vista e de tino, quem ousaria deixar passar o determinismo friamente humano, correto e cristão de uma Heloísa Helena ou uma dedicação vitoriosa no meio machista que é o jornalismo de uma inteligente e criativa conciliadora chamada Eliane Aquino?
Nomes grandiosamente femininos não nos faltam nem haverão de faltar, portanto, FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER sem preconceitos, rancores, cores ou dissabores!
Hélio de Moraes.