Dom Matheus Ramalho Rocha

CADEIRA Nº 13

ACADÊMICO: Amélia Rebelo Brandão dos Santos

Dom Mateus Rocha, nascido em 1925 na Serra do Amaro, em Palmeira dos Índios, era filho dos agricultores Benício Ramalho Rocha e Maria dos Anjos Rocha, recebendo na pia batismal o nome de Euclides. Estudou as primeiras letras com a Profª Antônia Barbosa de Macedo, em Palmeira dos Índios, que perscrutando desde cedo sua vocação para o sacerdócio foi sua grande incentivadora, pois seus pais mal produziam o sustento da família, constituída de mais três filhos.
Com a ajuda dos amigos, Dom Mateus foi estudar no Colégio Salesiano, em Recife-PE, depois, em Garanhuns, ingressando no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, isso em 1949, influenciado por Dom Domingos, já adotando o nome de Mateus.
De 1953 a 1995 fez seu Curso de Teologia, em Roma, recebendo a ordenação sacerdotal em 1955, em Assis, terra de São Francisco.
Retornando ao Brasil, lecionou no Mosteiro de São Bento, no Rio, exercendo a função de bibliotecário e mestre de língua portuguesa. Trabalhou vários anos fora do Mosteiro, no Jornal de São Paulo, traduzindo cerca de 27 livros do alemão para o português. A sua grande paixão foi exercer a profissão de arquivista na Congregação Benedita do Brasil, até sua morte.
Foi o grande organizador dos arquivos dos Mosteiros do Brasil, autor de muitas obras, todas voltadas para sua vocação de beneditino. Em vários países da Europa, realizou pesquisas voltadas para os beneditinos.
Foi Sócio Honorário do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, sendo diretor adjunto do seu arquivo.
Faleceu aos 74 anos, em 29 de novembro de 1999, e está sepultado no cemitério dos monges, no claustro do Mosteiro de São Bento, na cidade do Rio de Janeiro.