CADEIRA Nº 15
ACADÊMICO: Ana Cristina Moreira
Antônio Caetano Pinto nasceu em Palmeira dos Índios em 6 de julho de 1916. Filho de Laurindo Caetano Pinto e Francisca da Conceição. Passou toda a infância em Palmeira dos Índios, onde estudou o primário na escola de dona Sinhazinha, prestou o exame de Admissão ao Ginásio na escola de professora Maria Cândida Anunciada e tomou aulas particulares com o comandante da policia, Teófilo de Farias.
Começou cedo como poeta estimulado pelo rouxinol das Alagoas, Chico Nunes Brasil, depois passou a fazer parte do grupo seleto de poetas da taba Xucuru- Kariki, como: João de Melo, Benedito Pereira, Antônio do Algodão, Manoel Elias, Lourival de Siqueira, José Ferreira Sobrinho e Alfredo Menezes. Não fez da poesia uma profissão e seus rasgos poéticos são puro diletantismo.
No dia 27 de outubro contraiu núpcias com Audália Soares Pinto e tiveram 7 filhos: Maria Eugênia, Rosana, Rosauro, Rosa Maria, Roberto, José Rondon e Rômulo. Quando completou a maioridade, lá pelos idos de 1942, foi morar no Rio de Janeiro, onde ingressou na Polícia Militar do Rio de Janeiro, até ser reformado e aposentado, quando voltou a sua terra, de onde não mais saiu.
O ator Mário lago transcreveu o soneto intitulado Preito de Saudade, cuja assinatura era de A .L., como sendo de Antônio Layete, porém na verdade este notável soneto foi da autoria de Antônio Caetano Pinto.
São da autoria dele os livros de cordel: O Bárbaro Crime de Palmeira de Fora, Palmeira dos Índios e seus Encantos, A Morte e Conselhos do Padre Cícero Romão Batista e O Cristo de Goiti.
Escreveu crônicas para um extinto jornal local, sempre enaltecendo a Princesa do Sertão.
Quando foi para o Rio, morou com o engenheiro Afro de Farias. Não foi violeiro, porém apreciava bastante o gênero. Considerava o melhor violeiro Joaquim Vitório, e João Martins, o melhor poeta de cordel que conheceu.
Antônio C. Pinto gostava de ler, ouvir música, possuía um violão e tocou saxofone na banda da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Gostava de festas e sua casa era sempre cheia de amigos e parentes.
Era de pele clara e estatura média, e também robusto. Morou nas ruas Mariano Freitas e na Praça do Rosário. Freqüentava a catedral de Nossa Senhora do Amparo e era devoto de Nossa Senhora da Conceição.
Faleceu em Palmeira dos Índios, em 13 de dezembro de 1988.
Contribuiu para a literatura e o folclore de Palmeira dos Índios.