Jorge Tenório de Albuquerque

CADEIRA Nº 18

PATRONO: José Pinto de Barros

Jorge Tenório de Albuquerque nasceu no povoado de Anum Velho, município de Palmeira dos Índios, Alagoas, no dia 02 de janeiro de 1950. Quinto dos seis filhos de Emídio Tenório de Albuquerque e Nerzinda Tenório de Albuquerque, estudou as primeiras letras no Grupo Escolar D. Antônio Brandão, localizado em Anum Velho. Por essa época, seu pai, líder natural daquela comunidade, elegendo-se vereador, e também com o fito de propiciar uma melhor educação aos seus filhos, mudou-se com a família para a cidade de Palmeira dos Índios. Jorge Tenório concluiu o primário no Educandário 7 de Setembro, da conhecida professora D. Rosinha, e estudou até o 2º ano Científico no Colégio Estadual Humberto Mendes.

Em 1970 transferiu-se para Maceió, onde, no Colégio Estadual, terminou o Curso Secundário. Passou, então, a fixar residência na capital alagoana. Seu desejo era dar prosseguimento aos estudos, tentar um curso superior, mas a necessidade obrigou-o, primeiramente, a procurar um emprego com o qual pudesse sobreviver e custear seus estudos. Trabalhou seis meses como escriturário da COBEL, submeteu-se a alguns concursos, logrou êxito nos da UFAL, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Na UFAL, trabalhou dois anos, e na Caixa Econômica permanece até hoje. Entrementes, casou-se, teve quatro filhos – Leonardo, Larissa, Lucas e Leilane – e formou-se em Ciências Contábeis, pelo CESMAC. Desde cedo Jorge Tenório demonstrou interesse pela Literatura, pois era assíduo e voraz leitor de autores estrangeiros e brasileiros, entre estes, Machado de Assis, Jorge Amado, Érico Veríssimo e Graciliano Ramos, fazendo algumas incursões no campo da escrita, ora escrevendo contos ora poesias, que sempre guardava no fundo de um baú e, depois, as destruía por achar que “não tinham futuro”. Por isso, só aos cinqüenta anos de idade viria a publicar o seu primeiro livro, após grande incentivo da Academia Alagoana de Letras, que lhe concedeu dois prêmios literários num mesmo ano. Antes, colaborou para o Jornal da Associação dos Empregados da Caixa Econômica e ganhou um concurso de poesia patrocinado por esta Associação. No ano 2000, inscreveu o romance “O Sacripanta” e o conto “Um caminhão de votos” no concurso literário da Academia Alagoana de Letras e obteve o 1º lugar nas duas modalidades – foi essa a injeção de ânimo que o levou a publicar o seu primeiro romance. E nos dois anos seguintes – 2001 e 2002 –, viria a ganhar novamente o Prêmio Graciliano Ramos de Romance, da mencionada Academia, com os romances “São José” e “Guerra de Tolos”, respectivamente.

Obras:

O Sacripanta, 2001 – EDUFAL

São José, 2002, pela Fundação Municipal de Ação Cultural de Maceió

Guerra de Tolos, em 2005, Editora Catavento.